Aprender Design

30 de mar de 2023

Transcrição - Carreira em Y - Extra Podcast

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Transcrição: Carreira Y -  EP11 - Extra Podcast

Você já parou pra pensar sobre o que significa a carreira em Y?

Neste episódio, Doug Cavendish conversa com a Dani Tavares, Layla Codogno e Rafael Burity sobre o que é esse tal caminho em Y; os desafios da liderança técnica e da gestão de pessoas; as vantagens e as responsabilidades que um cargo de liderança traz; e claro, dicas de como se auto avaliar e de como se preparar para fazer um bom planejamento de carreira. Tudo isso costurado pelas experiências que eles acumularam em suas trajetórias.

Transcrição completa:

00:00:04 Pessoa 3

Olá, você já parou para pensar sobre carreira em Y?
                

00:00:10 Pessoa 3

Sim, carreira em Y é um termo que está sendo cada vez mais usado para falar sobre duas vertentes na progressão de carreira das pessoas designers e quer dizer respeito tanto a uma trilha de gestão de pessoas quanto a uma trilha de gestão técnica.
                

00:00:29 Pessoa 3

Bom, é sobre isso que a gente vai falar hoje no episódio do Extra e eu vou ter como convidados aqui hoje o Rafael Buriti, a Laila Todogno e a Dani Tavares que vão me ajudar a recortar aqui o assunto e conversar com vocês um pouco mais sobre esses assuntos e sobre os desafios todos que estão vindo nos próximos anos dentro desse tema.
                

00:00:52 Pessoa 3

Fica aqui que eu já volto com o próximo episódio do Extra Podcast.
                

00:01:03 Pessoa 1

Você está ouvindo o Extra Podcast, seu radar contemporâneo sobre design, tecnologias e sociedade.
                

00:01:11 Pessoa 1

Este episódio é um oferecimento da FIORD, uma consultoria de design e inovação presente em mais de 30 países, parte da Accenture Song, a maior agência digital do mundo.
                

00:01:23 Pessoa 1

A consultoria ajuda as empresas a se transformarem, criando produtos e serviços que as conectam com o futuro de suas indústrias.
                

00:01:31 Pessoa 1

Seus designers trabalham de forma integrada, com times de criação, de negócio e de tecnologia, para entregarem soluções inovadoras de ponta a ponta.
                

00:02:02 Pessoa 3

Carreira em Y.
                

00:02:04 Pessoa 3

O termo é interessante porque remete obviamente à letra Y, que é formada por uma haste central e duas hastes que se bifurcam a partir dela, uma para a esquerda, uma para a direita, exatamente para sugerir essa ideia de dois caminhos possíveis, um mais voltado para a gestão de pessoas, um mais voltado para uma liderança técnica.
                

00:02:30 Pessoa 3

Esse movimento de falar desses dois caminhos de liderança, esses dois caminhos de evolução na carreira dos designers, é bastante recente.
                

00:02:41 Pessoa 3

Para quem acompanhou esse mercado de trabalho nos últimos 10 anos, sabe que esse movimento aparece e vem se desenvolvendo há pouco mais de cinco anos, onde a gente começou a ver de fato vagas e posições dentro das empresas muito forte dentro do mesmo contexto, como por exemplo design managers, gestores de design, diretores de design, vice-presidente de design, até mesmo C-level de design.
                

00:03:15 Pessoa 3

Isso tudo é uma grande novidade e a gente ainda está de alguma forma aprendendo a lidar com esse novo cenário.
                

00:03:23 Pessoa 3

E claro, é um cenário que está pulsante, mas é um cenário que também traz muitos desafios, traz muita ansiedade.
                

00:03:33 Pessoa 3

Posições de liderança sempre parecem a princípio muito glamourosas, mas trazem escondidas consigo uma série de desafios, uma série de intempéries.
                

00:03:45 Pessoa 3

E é um pouco sobre isso que a gente vai querer falar aqui hoje com vocês.
                

00:03:49 Pessoa 3

Bater um papo com as pessoas que vão estar convidadas, sobre a experiência que elas tiveram e o que a gente pode explair de positivo e também de pensamento por trás dessas duas posições, seja voltada para a gestão de pessoas, seja voltada para uma liderança técnica.
                

00:04:08 Pessoa 3

Bom, para começar, eu quero conversar um pouco aqui com o Rafael Buriti, para entender um pouco de como foi para ele o início, como foi para ele o clique sobre esse caminho voltado para a liderança.
                

00:04:22 Pessoa 2

Eu gosto desse tema porque a gente sabe que é uma parte muito, não só carente, como frágil e difícil nesse processo.
                

00:04:31 Pessoa 3

Esse é o Rafael Buriti.
                

00:04:33 Pessoa 3

O Buriti é designer, programador, quadrinhista, membro do canal Design Team no YouTube, senior design manager na Unicoide Tech, professor e uma das pessoas mais influentes dentro da nossa comunidade de UX Design aqui no Brasil.
                

00:04:52 Pessoa 2

Então, é um prazer enorme estar podendo falar disso aqui e tudo mais.
                

00:04:55 Pessoa 2

Lá no Design Team a gente trata muito disso, a gente já deu workshop sobre isso, então é muito rico para mim.
                

00:05:02 Pessoa 2

Cara, a minha trajetória é engraçada porque há muitos anos atrás eu achava que eu tinha uma trajetória mais única, porque eu não fiz design na formação, eu sou formado em arquitetação e isso me perseguiu, me incomodou na minha carreira durante muitos anos.
                

00:05:20 Pessoa 2

Eu tenho hoje 23, 24 anos de carreira, 23, e durante os 10, 12 anos eu me sentia muito mal por não me sentir um designer, apesar de trabalhar desde o começo da minha faculdade em design, um web design propriamente dito.
                

00:05:39 Pessoa 2

Isso de certa forma foi bom, entre outros, porque me fez correr atrás do estudo fora e aí isso acabou construindo as minhas fases, minhas etapas de carreira.
                

00:05:49 Pessoa 2

Então, eu gosto de ver isso, mas depois com o tempo eu fui descobrindo que eu não era tão único assim, tem muitas pessoas no mercado, principalmente quando eu entrei na parte de design de experiência, que isso é muito mais evidente, porque tem pessoas de várias áreas migrando, então você consegue sentir um pouco mais representado nesse cenário.
                

00:06:10 Pessoa 2

Mas durante esse processo todo, como eu falei, eu já fui quadrinista, arte finalista, e aí eu escolhi a faculdade, acho que a gente é muito novo, a gente não sabe exatamente o que a gente está fazendo ali, e no meio da faculdade eu percebi que não era o que eu queria, eu estava pagando, eu falei, vou terminar, diploma é importante, era o mantra da época e tudo mais, mas enquanto isso eu já trabalhava como web designer, eu comecei trabalhando como editor de imagens e etc., com CMS em 2000 e alguma coisa ali, depois dos estágios, e aí eu comecei a estudar por fora para cobrir essa carência que eu tinha da base de design.
                

00:06:54 Pessoa 2

Então era muito curso online, muita mentoria, muito livro, eu já gostava muito de ler, mas eu emergi muito mais nessa paixão de ler para suprir essa carência, e isso foi me construindo como profissional.
                

00:07:09 Pessoa 2

Mas é curioso quando a gente fala dessa coisa da carreira, porque hoje, quando você olha para a carreira de design, eu acho que ela é muito mais complexa do que era há 10, 15 anos atrás.
                

00:07:24 Pessoa 2

Eu estava conversando com o Daniel, que estava aqui em Portugal, o Daniel Furtado, e eu falei assim, cara, eu não lembro quando alguém me chamou de pleno, sênior, não tinha muito isso, eu tinha era designer, ou quando você trabalhava em agência era designer, web designer, aí diretor de arte, aí diretor de criação, mas isso não significava necessariamente um júnior pleno e sênior, não necessariamente, às vezes um diretor de criação tinha uma senioridade maior e tudo mais, mas eu nunca, nunca, não me lembro de ter essas alcunhas assim.
                

00:07:58 Pessoa 2

Eu acho que isso cresceu muito nos últimos 6, 7 anos ali, não tinha, então eu não consigo te dizer assim, puxa, quando eu era júnior, ou quando alguma pessoa me pergunta assim, como foi para você migrar, porque você é formado em design, foi tão orgânico, porque eu já trabalhava com web design, eu já tinha uma relação com a área de criação, que eu não gosto tanto desse termo, mas tinha uma relação, a coisa foi meio gradual, e naquele período, você também tem um bom tempo, e naquele tempo que a gente começou a trabalhar com digital, ninguém fazia, então assim, você estava fazendo e aprendendo ao mesmo tempo, então não tinha esse negócio de júnior pleno, não tinha de migração, era web design, web master, web master era o cara que fazia absolutamente tudo, então podia ser um designer, podia ser um desenvolvedor, podia ser um engenheiro, podia ser um curioso, na real eram pessoas curiosas mexendo com algo que ninguém sabia o que era ainda, então essa multidisciplinaridade sempre foi muito presente na minha carreira, e eu acho que isso é muito rico para mim hoje, essa coisa que eu achava que era uma fraqueza de não ser formado em design, hoje eu vejo que é uma riqueza muito grande, porque foi me permitindo entrar no mercado digital e ter uma proximidade com a tecnologia, ter uma capacidade de lidar com o mundo do design, com o mundo da tecnologia, de forma muito mais fácil do que muitas pessoas que eram formadas já em design mesmo, principalmente no tradicional, eu tinha muitos colegas em agência que tinham muita dificuldade de sair do impresso para o digital, então hoje eu vejo isso como muito rico, e aí essa multidisciplinaridade hoje, para mim, é um dos grandes diferenciais do profissional, se você é um profissional de design, você não pode se restringir a design, se você é um profissional de desenvolvimento, você não pode se restringir a desenvolvimento, o que antigamente a gente não via com tantos bons olhos hoje, é essencial, eu estava conversando com um liderado meu, que falou assim, cara, para mim o futuro é você não ter muito mais essas barreiras do, ah, isso aqui é papel do designer, isso aqui é papel do desenvolvedor, isso está se moldando a não ter mais essas limitações, ah, mas até onde vai, o que produto faz, o que design faz, a gente está caminhando para um, e aí isso vai mexendo muito com o nosso tema, que é a coisa do generalista, do especialista, e vai causando muita angústia e ansiedade nas pessoas, eu acho que eu já comecei com uma visão de entender muito, e aos poucos eu fui vendo que para mim fazia sentido especializar na gestão, porque em determinado momento eu pensei assim, cara, eu não quero estar projetando telas para o resto da minha vida, eu quero estar numa etapa anterior, onde eu participo da definição, esse momento foi um momento há uns 10 anos atrás, 12 anos atrás, foi um momento que eu falei assim, puta, quando eu chegar aos 40, eu quero estar numa etapa de definição estratégica do que a gente vai fazer, e não só operacionalizar aquilo, e sem fazer o juízo de valor, era o que eu queria, eu estou agora para o 39, vou fazer 40, e eu tenho trabalhado nessa visão, sabe, de ser a pessoa que consegue conectar design com esse lado estratégico, e isso me puxou para a gestão, é meio que natural, eu não me via fazendo isso dentro da operação.
                

00:11:32 Pessoa 4

Quando eu migrei para design, para UX...
                

00:11:36 Pessoa 3

Essa é a Laila Kodogno, ela é senior staff designer no quinto andar, professora na Tera, possui uma vasta experiência com produto digital e vem premiando uma carreira muito interessante, uma liderança técnica dentro de times de design.
                

00:11:53 Pessoa 4

Eu tinha uma tendência a querer ir para a gestão, porque tinha muito aquele entendimento que quem ia para a gestão era mais bem sucedido, gestão era o caminho único possível, então havia esse interesse sim, mas quando eu...
                

00:12:14 Pessoa 4

Trabalhando ali, eu tive uma gestora, que era uma ótima gestora, e eu comecei a ver a atuação dela e falei, caraca, tem muita coisa aí para se aprender, para ser gestora, e foi aí que eu falei, não, não é tão fácil assim essa trilha de gestão também.
                

00:12:28 Pessoa 4

Só que conforme eu fui me desenvolvendo, tecnicamente, fui evoluindo como prod designer, eu falei, eu gosto muito disso que eu faço, eu comecei a me interessar muito, a estudar sobre produto, até brinco que às vezes eu falei, ah, eu vou para produto, não vou, por isso que eu falo que sou prod designer mesmo.
                

00:12:48 Pessoa 4

E comecei a evoluir essa minha, enfim, especialidade que a gente fala, voltado para isso, e conforme eu fui estudando cada vez mais, eu fui me distanciando do que seria eu estudar para a gestão, e nisso eu fui entendendo o que eu gostava de fazer, e quando eu fui questionada em alguns momentos ali da minha carreira, se era interesse ir para a liderança, evoluir para a liderança, eu falei, cara, talvez no futuro, mas hoje eu quero estudar e continuar estudando e continuar fazendo o que eu faço, cada vez melhor.
                

00:13:20 Pessoa 4

Até porque também eu tenho uma visão de que para você ser um bom líder, você tem que ter sido, ou ter, um bom designer, no caso, de design.
                

00:13:30 Pessoa 4

Então, eu sempre priorizei, evoluí tecnicamente para que caso lá no futuro eu queira ir para a trilha de gestão, eu tenha muita bagagem técnica inclusiva.
                

00:13:45 Pessoa 4

Então, o meu planejamento de carreira vai muito assim, e daí as oportunidades que foram surgindo também, elas me direcionaram e eu sempre priorizei ir para uma linha mais técnica.
                

00:13:59 Pessoa 3

Acho interessante que tanto no relato da Layla, quanto no relato do Buriti, fica claro que as experiências individuais de cada um, e a forma como eles foram encontrando pessoas, referências para eles no caminho, e a forma como os desafios que eles foram encontrando a partir dessa caminhada, moldaram muito das escolhas que eles fizeram ao longo da carreira.
                

00:14:24 Pessoa 3

O que eu fico me perguntando aqui é, será que dá para fazer uma atuação em ambas as frentes?
                

00:14:30 Pessoa 3

Tanto em termos de gestão de pessoas, quanto em termos de liderança técnica.
                

00:14:37 Pessoa 1

Antes de tudo, Doug, eu queria agradecer o convite de eu estar aqui batendo esse papo com vocês.
                

00:14:43 Pessoa 1

Acho que esse é um tema muito importante, eu acho que é um questionamento, o crescimento da carreira de um designer é um questionamento muito grande para muitos designers, inclusive que estão iniciando as suas carreiras.
                

00:14:59 Pessoa 3

Essa é a Daniela Itavares, ela é Design Director na Accenture Song, é professora na Miami D.
                

00:15:06 Pessoa 3

School aqui no Brasil, e possui uma carreira com enorme experiência liderando times de design em empresas de consultoria.
                

00:15:16 Pessoa 1

Contando aqui um pouco do meu ponto de vista, eu estou no mercado há bastante tempo, eu comecei a trabalhar com o digital nos anos 2000, literalmente, e eu tive a experiência de começar com a gestão muito cedo, a primeira experiência que eu tive de trabalho formal mesmo, pós estágio eu já fui para uma empresa onde eu acabei passando a coordenar o time de design da empresa.
                

00:15:52 Pessoa 1

E eu fui seguindo, eu acho que tem aí um conjunto de características que eu tenho que me levam um pouco para o lado da gestão, mas foi bastante curioso porque isso foi me levando tanto para o lado da gestão de que eu cheguei em um ponto da minha carreira onde eu comecei a questionar o que eu estava fazendo.
                

00:16:14 Pessoa 1

Eu me vi ali num papel de gerente de design, onde a grande parte da ocupação do meu tempo era com uma parte de programa e budget, e propostas comerciais, e pouco tempo dedicado para o design em si, para um suporte da equipe de design.
                

00:16:37 Pessoa 1

E aí nesse momento eu resolvi fazer uma mudança, não era esse o caminho que eu queria ter percorrido, não era esse o espelho que eu via para a minha carreira.
                

00:16:50 Pessoa 1

E eu dei dois passinhos atrás, eu deixei essa ocupação, eu fui, busquei uma posição de técnico, mais técnica, onde eu fui trabalhar como UX em uma agência, porque eu queria restabelecer essa minha conexão com a prática do design.
                

00:17:14 Pessoa 1

E aí eu acho que foi a coisa mais acertada que eu fiz, porque eu cheguei em um equilíbrio que funciona para mim.
                

00:17:21 Pessoa 1

Hoje eu tenho um papel onde eu fui da gestão sim, mas eu brinquei até com você no outro papo de que eu não me acho que estou numa ponta ou na outra do Y, eu estou ali no meiozinho, porque eu tenho, como eu falei, eu tenho características, eu acho, da minha personalidade e dos meus interesses que me levam para a gestão, mas para mim o desenvolvimento técnico, o lado hands-on do trabalho, ele é muito importante.
                

00:17:49 Pessoa 1

E hoje eu consigo ter esse sentido, eu sou uma gerente sênior, mas eu atuo hands-on em projeto, então eu divido o meu tempo entre estar dentro de um projeto, inclusive ajudando na gestão desse projeto, mas atuando como uma designer dentro do projeto também.
                

00:18:14 Pessoa 1

E outra parte do meu tempo, eu cuido de outras questões mais gerenciais, como relacionadas à prática, eu sou UX, então da prática de UX como um todo, dentro aqui da empresa, como eu trabalho numa consultoria, sim, eu me envolvo com a parte de propostas comerciais, mas então eu consigo estar ali navegando no meio do caminho e atendendo essa minha vontade mesmo de não me afastar do crafting.
                

00:18:48 Pessoa 2

Eu acho que o próprio mercado não é tão maduro a ponto de deixar muito claro o que é um papel de um especialista, de um manager, de um diretor, talvez um VP, essas coisas sejam mais claras, mas essa liderança da média, chegando para a alta liderança, ainda é uma coisa muito nublada, muito turva, na minha opinião.
                

00:19:14 Pessoa 2

Mas eu tenho mergulhado, tentado entender muito, porque toda literatura que a gente busca sobre estratégia de design, e isso é um ponto que é muito bom salientar e até alertar a galera, vale muito a pena procurar literaturas que não estejam conectadas à design diretamente, vale muito a pena, se você quer entender sobre estratégia, vai ler sobre estratégia propriamente dito, e não procure só os livros UX Strategy, estratégia de design, eles são bons e eu mergulho neles para entender um pouco a visão dos autores, porque em algum momento aquele autor resolveu construir essa conexão, então vale a pena você entender como é que ele chegou ali.
                

00:19:59 Pessoa 2

Mas quando você vai ler, eu estou lendo um livro agora que é bem legal, que é a Estratégia Baseada em Design, de um brasileiro, e é interessante porque ele introduz sobre estratégia e negócio, ele abre o livro introduzindo sobre estratégia e negócio pura, tipo, conceito de mercado, o que é negócio, o que é estratégia, e aí você já fica na sua cabeça assim, ah, legal, entendi, negócio funciona desse jeito, modelo de negócio é isso, e estratégia é isso, porque é diferente você construir a estratégia e ser estratégico, são coisas distintas, porque mesmo você sendo operacional, você pode ser estratégico, porque a sua operação tem um impacto estratégico dentro de uma definição de valor da empresa, então isso é muito importante, mas ao mesmo tempo não significa que todo mundo que participa da operação é estratégico, então o design pode ou não ser estratégico dentro de um contexto da empresa, da forma como ele se coloca dentro daquela empresa, ou às vezes até da natureza daquela empresa, porque às vezes a empresa decide terceirizar o design, porque não é tão estratégico assim, geralmente as coisas mais estratégicas estão dentro, estão no corpo da empresa ali, então isso vai mudando, então ser estratégico é diferente de definir a estratégia, e agora eu estou muito nesse momento de entender assim, cara, o design define mesmo a estratégia, porque a maioria dos livros que eu estou mergulhando e lendo de design e não de design, o design acaba sendo incluído muito na facilitação da construção da estratégia, sendo uma boa ferramenta que clarifica, que ajuda a construir a estratégia, isso coloca a gente obviamente na roda da definição, mas não necessariamente é quem define, mas você está ali, você pode influenciar ela, então tem pontos que eu estou tendo a avaliar, então um dos grandes desafios, sem sombra de dúvida, é primeiro ter clareza de como é que o design, quais são as ferramentas do design que ajudam essa facilitação, esse é o primeiro momento, então a gente precisa ter muita clareza nisso, e é, puxa, entender muito bem o problema, aquela coisa do wicked problems, como o problema não está tão claro, tipo assim, entender muito bem o problema é um ponto crucial que design tem como cor, e pode ser muito útil para essa etapa, porque a maioria das pessoas não sabe definir problema, esse é um ponto, assim como comunicação é um problema da humanidade, entender problema também é um desafio da humanidade, então acho que esse é um primeiro ponto, e o segundo ponto é muito conseguir entender como é que o design de fato entrega valor, muito mais do que o conceito do design, mas o valor de cada empresa, porque cada empresa tem um objetivo, não adianta você, eu vejo muito design uniformizando isso, do tipo, ah, porque falar com usuários é estratégico, é, mas não é isso que está entregando o valor para o cliente, não é só isso, tem mais coisa ali, então qual o seu papel, o que você faz que consegue entregar valor?
                

00:23:17 Pessoa 2

A diversidade entrega valor, beleza, mas não é só isso, então tipo assim, é a diversidade atrelada a quê?
                

00:23:25 Pessoa 2

Quando eu consigo conectar a diversidade ao resultado esperado por aquela empresa, e cada empresa tem um resultado esperado diferente, alguns são questão de dinheiro, outros são de eficiência, aí vai depender muito, mas eu acho que além de entender as ferramentas de design que ajudam nisso, muitas vezes, e eu sempre cito em várias palestras, aulas, eu cito o John Maeda, quando ele escreveu aquele artigo do design não é tão importante assim, e todo mundo ficou pistola na época que ele escreveu isso, e eu gosto da afirmação dele, porque ele fala que, cara, a gente chegou nesse contexto depois da galera, a galera já dominava esse contexto, então você precisa entender que você não pode ser, eu não sei se o melhor termo aqui, mas cabeça dura, talvez cabeça dura sobre quais as regras de design tem que ser obedecidas, porque muitas vezes você tem que estar flexível, e muitos autores falam que o grande valor que um profissional hoje pode ter, em Y ou não, é adaptabilidade, então você tem que estar adaptável a, como é que eu adapto o que o design realmente diz by the book, passo a passo o que tem que ser feito, com o que eu preciso entregar, em que momento eu abro mão do design, é isso que ele quer dizer, sabe, quando ele fala design não é tão importante assim, ele está dizendo, em que momento eu como designer sei que eu posso abrir mão do perfeito que eu quero entregar, do 15 ou 5 pessoas de entrevista, da pesquisa precisa ter um ano de pesquisa, em que momento eu abro mão disso, em prol do, eu preciso testar rápido de verdade, esse para mim é o maior desafio, porque os designers, principalmente quando a gente estava conversando antes da gravação, você está falando muito do desafio das novas pessoas que estão entrando, e agora há pouco você falou do quanto pessoas mais novas estão assumindo alguns cargos mais sênios, a galera que está entrando, busca muito conhecimento, então vai estudar, fazer esses cursos rápidos, e os cursos eles sabiamente, eles entregam um formato para você, por quê?
                

00:25:33 Pessoa 2

Porque esse formato, esse processo, ele é útil para te explicar como a coisa funciona, mas ele não expressa a realidade, então quando a pessoa não tem a casca para entender que a realidade não é daquele jeito, ela não é adaptável, e aí é que ela sofre, nesse ponto de, poxa, eu quero conseguir entregar uma parte estratégica, se você não entender a adaptabilidade, que na minha opinião só vem com o que a gente chama de casca, e aí muita gente fala assim, pô, mas aí você está sendo, ah, mas só porque você tem mais tempo, é, eu não consigo fugir disso, desculpa, mas eu não consigo fugir do quanto mais tempo de carreira e mais experiência, não só o tempo, porque tem gente que pode estar 10 anos e não viveu nada, mas quanto mais experiências de fato você tem, mais casca você cria para essa adaptabilidade, porque hoje quando eu olho para um cenário e falo assim, eu acho que a gente pode cortar esse pedaço aqui do processo e aumentar esse outro pedaço aqui, é porque eu já vivi isso em uma outra etapa e assim, funcionou lá, vamos testar aqui, então aqui para mim é um maior desafio, e hoje como gestor, o meu maior desafio é conseguir fazer os designers não só entenderem, mas aplicarem isso, porque é muito complicado assim como profissional, independente dele ser generalista ou especialista, tá?
                

00:26:54 Pessoa 4

De novo, depende muito de como a empresa que você está atuando entende, mas a minha visão é, você seguir uma carreira de contribuidor individual, você também atua como líder, foi o que você falou, e para você atuar como líder, independente se seja de pessoas ou de projetos, você tem que ter as skills ali, você tem que ter as skills ali, as soft skills de ter um pensamento mais holístico, você vai ter que lidar com outras pessoas, você vai ter que saber articular com vários stakeholders, você vai ter que saber vender essa visão que você está criando, por exemplo, então eu vejo que essas skills, além do hard skill ali do técnico, de como você faz, sei lá, como você organiza seu fígma, você também tem que ter esse outro lado de, cara, como que eu vou gerir tudo isso e toda essa responsabilidade, então você, por exemplo, está atuando ali numa abrangência, onde você tem uma jornada inteira, e tem outros designers cuidando dos squads que estão dentro dessa jornada, você vai ter que articular com esses outros designers, você vai ter que também se corresponsabilizar pelas entregas que esses outros designers estão fazendo, então como que você faz isso, né?
                

00:28:10 Pessoa 4

Você está lidando com pessoas também, então você acaba precisando dessa skill de saber articular muito bem.
                

00:28:18 Pessoa 4

Não acho que seja igual a de gestão de pessoas de carreira, mas elas acabam se encontrando em alguns pontos, em alguns momentos, inclusive eu acho que o movimento que funciona muito bem é quando você tem um contribuidor individual par de um gestor, então par mesmo de vocês atuarem em conjunto para a evolução daquele time, para a estratégia daquele produto.
                

00:28:46 Pessoa 3

A linha que divide esses dois tipos de atuação pode ser muito tênue, afinal de contas, tanto o líder técnico quanto o gestor de pessoas precisa dominar bastante a estratégia do produto, entender o momento da empresa e os objetivos do negócio, ambos precisam ser estratégicos, enquanto o gestor de pessoas lida na maior parte do tempo com uma série de pessoas, um número muito grande de complexidade nesse sentido, o líder técnico tem a oportunidade de atuar num lugar mais voltado para um contribuidor individual.
                

00:29:24 Pessoa 3

Eu vou pedir para a Layla explicar para a gente um pouquinho mais sobre o que é ser um contribuidor individual, mas antes vamos ouvir esse recado do Gustavo Bittencourt sobre uma baita novidade que Aprender Design está trazendo para o mercado esse mês.
                

00:29:39 Pessoa 5

Olá, meu nome é Gustavo, eu sou cofundador da Aprender Design, uma escola de design e tecnologia para os desafios do mundo de hoje.
                

00:29:45 Pessoa 5

A gente acredita que o design vive um renascimento que foi causado pelo crescimento do mundo digital em volta da gente.
                

00:29:51 Pessoa 5

Com o aumento da importância das interfaces que a gente usa, aumenta também a relevância de quem pensa essas experiências.
                

00:29:57 Pessoa 5

A gente acredita também que o ensino do design tem que estar relacionado com os fundamentos da disciplina, e não só com ferramentas.
                

00:30:03 Pessoa 5

E que precisa ter um formato alinhado com a realidade complexa que os profissionais vivem hoje.
                

00:30:08 Pessoa 5

A gente oferece cursos online e ao vivo, com professores que são referência no mercado e que, no geral, são rápidos e complementares, para as pessoas poderem aprender conforme evoluem na carreira.
                

00:30:17 Pessoa 5

Mas a gente vai lançar um curso novo, maior e com foco na formação inicial do design.
                

00:30:22 Pessoa 5

É o base de produtos digitais, uma formação que vai ser uma grande opção para quem quer migrar para a área ou para quem já atua, mas que não tem muitos anos de experiência e quer aprender os fundamentos do desenho de interfaces.
                

00:30:33 Pessoa 5

Quem tiver interesse em saber mais, é só entrar no link disponível na descrição desse programa ou entrar em aprender.design.
                

00:30:40 Pessoa 4

No Brasil, ou pelo menos nas empresas com quem eu tenho contato, acaba divergindo um pouco o que é necessariamente isso, qual é o papel.
                

00:30:50 Pessoa 4

Mas eu vou falar um pouquinho do que eu entendo, do que eu busco executar.
                

00:30:54 Pessoa 4

É uma senioridade cada vez maior, então você vai ter um nível de influência maior.
                

00:30:59 Pessoa 1

E quando eu falo influência, é desde responsabilidades que você vai ter com o produto, no caso de produto digital, e também de estratégia mesmo.
                

00:31:11 Pessoa 4

Então você começa a ter conversas, começa a ter impacto em momentos mais abstratos, em momentos que as coisas ainda não estão muito bem definidas.
                

00:31:21 Pessoa 4

Então se você for pensar na trilhazinha, na escadinha de design, quando você chega no nível de um staff, de um senior staff, de um principal, você começa a atuar numa abrangência do produto muito maior, então você vai falar sobre visão, você vai falar sobre evolução daquele produto de uma forma mais estratégica.
                

00:31:43 Pessoa 4

Mas também você tem uma responsabilidade técnica por aquele time, aquela tribo, aquela linha, aquele produto.
                

00:31:51 Pessoa 4

Então como que você acaba fazendo isso no dia a dia para ficar um pouco mais tangível?
                

00:31:56 Pessoa 4

É uma agenda, se a gente fosse pensar na agenda de uma pessoa que vai crescendo nessa trilha técnica.
                

00:32:03 Pessoa 4

Você começa ali como pleno, atuando dentro de um squad, então você vai estar junto naqueles desafios, aí você vai para o center, você pode começar a abranger além do seu próprio squad, algo a mais, então um desafio um pouco mais complexo.
                

00:32:18 Pessoa 4

Aí quando você evolui para um staff, senior staff, você começa a abraçar umas jornadas ao invés de um único squad, você vai atuar com alguns squads a nível de visão.
                

00:32:29 Pessoa 4

Então você, basicamente, a diferença é que você vai estar muito mais mão na massa, por assim dizer, na execução ali do produto e você se torna, conforme a sua senioridade, uma referência técnica daquilo que você faz.
                

00:32:42 Pessoa 4

Então os seus entregáveis, eles se tornam uma referência, você para o time, para as outras pessoas que estão, entre aspas, abaixo de você ou com senioridades menores você, é a referência, então elas vão até você para pedir algum auxílio em relação a como eu executo isso, qual a melhor forma disso.
                

00:33:04 Pessoa 4

E a nível de chapter, de...
                

00:33:08 Pessoa 4

Esqueci a tradução em português de chapter...
                

00:33:11 Pessoa 4

A nível de chapter e de design, depois a gente põe uma tradução, você começa a ter responsabilidade de como você evolui esse time como um todo, então você faz par ali com a liderança, com a gestão, para desenvolver esse time, você com o braço técnico e os professores com o braço das pessoas, carreira e tudo mais.
                

00:33:31 Pessoa 1

Eu acho que...
                

00:33:32 Pessoa 1

Eu vejo muitos profissionais confundindo o reconhecimento que eles querem ter com o ser líder, como o estar na liderança é ser reconhecido.
                

00:33:42 Pessoa 1

E eu acho que as pessoas podem ser reconhecidas de diversas formas diferentes.
                

00:33:46 Pessoa 1

Uma vez eu ouvi de uma pessoa que trabalhava comigo assim, mas é, eu quero ser líder.
                

00:33:51 Pessoa 1

E era uma pessoa que estava muito pouco tempo no mercado ainda, tinha se formado há muito pouco tempo, e aí eu perguntei muito friamente e claramente, você quer ser líder por quê?
                

00:34:04 Pessoa 1

Porque você gosta do papel da liderança ou porque você quer ganhar mais dinheiro?
                

00:34:08 Pessoa 1

Ou porque você quer ser reconhecido pelo que você faz?
                

00:34:11 Pessoa 1

Então eu acho que a gente precisa...
                

00:34:14 Pessoa 1

Separar um pouco as coisas.
                

00:34:15 Pessoa 1

Às vezes as pessoas querem estar na liderança porque elas acham que elas vão ter mais reconhecimento financeiro.
                

00:34:21 Pessoa 1

E você pode...
                

00:34:23 Pessoa 1

O Ypsilon está sendo discutido exatamente para você chegar nesse reconhecimento financeiro, nesse retorno financeiro que você precisa por um caminho que não é a liderança, num caminho da especialidade técnica, de você poder crescer e ser reconhecido como profissional dentro de uma especialidade técnica.
                

00:34:42 Pessoa 1

E o romantismo eu acho que tem muito a ver, no caso da minha visão de liderança, quando eu vejo que a pessoa não entende toda a responsabilidade que ser líder traz também.
                

00:34:59 Pessoa 1

Eu não sou a pessoa que toma as decisões e bate o martelo em tudo.
                

00:35:07 Pessoa 1

Eu sou uma grande facilitadora.
                

00:35:09 Pessoa 1

Então eu estou ali para facilitar o time.
                

00:35:12 Pessoa 1

E é claro que às vezes eu tenho que bater o martelo sim, mas eu bato com a responsabilidade que se der errado para a minha conta.
                

00:35:23 Pessoa 1

E é muita responsabilidade você guiar as pessoas, você ter a responsabilidade, às vezes, de um direcionamento todo de um projeto.
                

00:35:35 Pessoa 1

Quando você ajuda a escolher aquele caminho, você entende que é aquele caminho.
                

00:35:43 Pessoa 1

Mas principalmente o desafio das pessoas, você fomentar a inclusão, você entender as diferenças, você extrair o melhor de cada profissional, não tratar as pessoas da mesma forma, dar feedback, gente.
                

00:35:58 Pessoa 1

Líder tem que dar feedback.
                

00:36:01 Pessoa 1

Dar feedback já por si só já é um super desafio.
                

00:36:05 Pessoa 1

Então quando eu falo da romantização é porque eu acho que as pessoas não enxergam todo esse desdobramento.
                

00:36:12 Pessoa 1

É a liderança trade.
                

00:36:14 Pessoa 2

Eu acho que o primeiro ponto é, você como profissional, e óbvio, não dá para eu cobrar de alguém mais júnior um entendimento sobre algo que eu já tenho por algum tempo.
                

00:36:26 Pessoa 2

Então acho que vale ressaltar isso.
                

00:36:28 Pessoa 2

Mas assim, vale você entender que, uma vez eu fui coordenador de um apoio de UX e uma aluna falou assim para mim, ah, mas eu acho que essa grade não está correta.
                

00:36:38 Pessoa 2

Eu usava muito o processo de garage como padrão da grade.
                

00:36:43 Pessoa 2

Porque o mercado, na verdade, pede o double diamond.
                

00:36:47 Pessoa 2

Eu falei, olha, calma, vamos lá.
                

00:36:49 Pessoa 2

Por que mercado é isso?
                

00:36:50 Pessoa 2

Porque eu sou o mercado, né?
                

00:36:52 Pessoa 2

Eu estou lá contratando, então eu quero entender.
                

00:36:55 Pessoa 2

Então a galera tem que começar a saber diferenciar o que você pede e o que é a realidade.
                

00:37:02 Pessoa 2

Óbvio, você não pode desgarrar da sua mente de que eu preciso saber falar para quem está me contratando o que a pessoa quer ouvir.
                

00:37:10 Pessoa 2

Então se a pessoa está dizendo que eu preciso saber o double diamond, cara, fala lá, eu sei o double diamond, eu faço ele e tudo mais.
                

00:37:17 Pessoa 2

Mas tenha clareza de que no dia a dia você não faz ele e precisa de ele para isso, como você falou.
                

00:37:23 Pessoa 2

Não é assim que funciona.
                

00:37:26 Pessoa 2

Você precisa adaptar.
                

00:37:27 Pessoa 2

Então se você está em dúvida, e muita gente tem essa questão, às vezes a pessoa me procura para mentoria, pô, mas eu tenho que fazer o processo completo, se eu apresento um case que pela metade não me contratam, eu sei que existe essa realidade, então existe o que você precisa contar, como você precisa contar, e existe, olha, a verdade não é bem assim, então tome cuidado.
                

00:37:46 Pessoa 2

Então, primeiro ponto.
                

00:37:48 Pessoa 2

Como profissional, acho que você precisa entender isso.
                

00:37:50 Pessoa 2

Um outro ponto é, eu acho que existe sim, já foi mais forte ali no começo, quando as lideranças de design começaram a brotar mais.
                

00:37:59 Pessoa 2

Foi mais forte a busca por liderança, pelo caso do salário e da fama, e eu acho que isso tem até um reflexo agora de líderes mais despreparados, líderes não só despreparados, como infelizes também, porque não queriam estar gerindo pessoas, porque não é simples, não é fácil, não é glamuroso, tem uma série de dificuldades aí que você tem que lidar, porque é bonito quando as pessoas gostam de você, mas quando você tem que desligar alguém, isso ainda é nada bonito.
                

00:38:32 Pessoa 2

Então, acho que aconteceu isso no começo, mas ao mesmo tempo, eu acho que muitas empresas estão enxergando e estão aplicando, ainda muito sem entender, tateando, o que você falou mais cedo, dos especialistas e líderes técnicos.
                

00:38:47 Pessoa 2

Então, existem muitas possibilidades lá, onde eu trabalho mesmo, e a gente tem, não só especialistas, como o principal, e os especialistas e os principals, eles têm salários equivalentes a um gestor, um líder, um coordenador, um manager, etc., chegando até a diretoria.
                

00:39:07 Pessoa 2

Não são todas as empresas que têm isso, isso é um fato, mas eu vejo esse movimento começar, entendendo-se que alguém que escolhe estar no operacional sendo muito bom naquilo, que não necessariamente vai só fazer operacional, porque vai poder liderar pessoas também tecnicamente, direcionar, mentorar e tudo mais, deveria estar ganhando, tanto ou mais, às vezes, que o próprio líder, isso acontece.
                

00:39:34 Pessoa 2

Óbvio que são casos muito específicos, mas isso também é um ponto que pode ser observado por quem está olhando agora, tipo, para onde eu vou, o que eu faço.
                

00:39:42 Pessoa 2

Agora, se você está começando, eu sei que isso aqui que eu vou falar é um pouco até complexo, porque muita gente fala contra, que é, puxa, tem que ficar mais tempo nas empresas, mas eu acho que quando você está começando, de fato, começando, você tem seis meses, um ano, dois anos de carreira, eu acho que é até saudável você dar uma migrada de empresas para você ter visões diferentes de empresas que você está, experiências diferentes.
                

00:40:09 Pessoa 2

Por isso que muitas vezes eu até indico as consultorias, porque são experiências, estando na mesma empresa, você vai ter muitas experiências diferentes, e isso vai te dar uma casca muito grande, você entra em uma boa consultoria e você vai trabalhar uma hora num banco, outra hora você vai trabalhar numa empresa automobilística, outra hora você vai trabalhar numa startup durante um tempo curto, então isso tudo te dá uma casca muito grande, isso pode ser rico para quem está começando, porque você consegue aplicar todo o aprendizado de forma muito prática, então isso é muito legal também.
                

00:40:42 Pessoa 2

E também não fica ansioso, porque eu não sei qual é, a galera entrou nessa vibe muito louca de querer ser promovida cada seis meses, achar que júnior é xingamento, então tem uma série de coisas aqui até psicológicas, emocionais, envolvidas, que a gente às vezes precisa tratar também, tome muito cuidado com isso.
                

00:41:05 Pessoa 1

Eu acho que essa autoconsciência também é do ouvir o outro, então assim, quando eu falei, por exemplo, que você às vezes, quando você quer saber que caminho você escute outras pessoas, troca ideia, você quando está num papel de liderança, seja técnica ou não, você abre espaço para ouvir as diferenças, isso traz mais consciência para a gente.
                

00:41:32 Pessoa 1

Eu não sou, não é porque eu sou hoje uma parte da liderança, porque eu sei tudo, porque eu sou a melhor em tudo, pelo contrário, eu falo que eu gosto de contratar as melhores pessoas, porque aí eu tenho o melhor time para me ajudar no que eu não sei.
                

00:41:53 Pessoa 1

Então eu acho que é muito isso, você está muito aberto para ouvir as outras pessoas, para receber feedbacks, para você conseguir analisar as coisas de ângulos diferentes, não só da sua visão.
                

00:42:09 Pessoa 1

Muitas vezes eu tenho uma visão, aí eu vou lá, ouço um outro ponto de vista e falo maravilha, realmente, vamos para esse outro caminho.
                

00:42:18 Pessoa 1

Então eu acho que uma terapia não deixa de ajudar as pessoas, eu recomendo para todos os seres humanos fazer terapia que ajuda no processo de reconhecimento também.
                

00:42:32 Pessoa 4

Eu acho que é isso mesmo, você ainda tem esse, entre aspas, o glamour de você ir para a gestão e muitas empresas não tem a trilha para o outro lado do Y, de contribuição individual.
                

00:42:48 Pessoa 4

Então você, como você mesmo disse, você não vai ter os mesmos salários, você não vai ter os mesmos pretis, você não está inserido nos mesmos momentos, e não necessariamente isso é ruim, mas eu acho que não se cria essa oportunidade de crescimento.
                

00:43:04 Pessoa 4

Tem um outro fator também que eu pensei agora, eu vejo que quando você fala do mercado de design, eu vejo que muitas pessoas estão entrando e tem poucas pessoas com uma senioridade maior, a nível de staff, principals, que é depois de sênior ali, para poder também atuar nessas cadeiras.
                

00:43:29 Pessoa 4

Hoje, eu pelo menos sinto, a contratação desses perfis está bem difícil, o que você tem ali de pessoas entrando na área de design, UX ou Product Design, você não tem tanta gente crescendo ou você tem poucas pessoas que já chegaram nesses outros patamares.
                

00:43:52 Pessoa 4

Então também tem um pouco disso, às vezes você tem pessoas com baixa senioridade, empresas querendo esses papéis, mas não se tem quem execute.
                

00:44:01 Pessoa 4

E muitas vezes, como a gente sabe, pessoas que talvez não tenham ainda sua senioridade ocupando esses cargos, não conseguem executar da forma que é esperada ou de outras formas, quando a gente fala no preço do mercado que a gente está, no caso do Brasil, ou dentro dessa bolha, pelo menos que é a bolha que eu convivo, não vou falar Brasil inteiro, falando da minha bolha.
                

00:44:28 Pessoa 4

É isso que eu entendo um pouco.
                

00:44:30 Pessoa 4

Então você tem essa, infelizmente, essa não é deturpação, mas essa ineficiência do design dentro das empresas, muito pela falta de boas lideranças, então você não tem boas lideranças para formar essas pessoas que estão entrando, bem, e você também não tem pessoas para ocupar essas cadeiras.
                

00:44:57 Pessoa 4

Então você fica ali no ovo e na galinha, como que a gente vai fazer com que essas pessoas cresçam, evoluam, para cada vez mais estarem ocupando esses cargos?
                

00:45:07 Pessoa 4

Isso leva tempo.
                

00:45:08 Pessoa 4

Não vamos falar, a gente fala muito do mercado que se torna sênior em 15 dias.
                

00:45:16 Pessoa 4

Não!
                

00:45:17 Pessoa 4

Isso leva tempo para você realmente desenvolver essas habilidades que a gente falou, essas skills, não só as hard skills.
                

00:45:25 Pessoa 4

Eu falo, eu tinha muito isso comigo, cara, eu preciso fazer produto, eu preciso fazer muitos produtos para eu conseguir ter um repertório bom para me desenvolver e articular.
                

00:45:36 Pessoa 4

Você não vê isso hoje, leva tempo para você, hoje você entra numa empresa, você leva pelo menos 6 meses para começar a ter uma atuação mais forte ali, para se desenvolver cada vez mais, então não é fácil também, não é rápido.
                

00:45:53 Pessoa 2

Você tem que se conhecer.
                

00:45:56 Pessoa 2

Isso é essencial.
                

00:45:58 Pessoa 2

Quem você é como pessoa, eu acho assim, eu não acredito em divisão, existe o buriti profissional e o buriti ser humano, porque se eu tomá-lo como ser humano me afeta a minha carreira e se é tomá-lo na carreira a empresa está me ferrando e muitas coisas, isso afeta o meu pessoal também.
                

00:46:18 Pessoa 2

Eu digo, então, emocionalmente eu sou uma pessoa só, mas você precisa entender, saber separar algumas coisas, mas na essência você precisa saber quem é você, porque no final você carrega quem é você para dentro da sua carreira, para dentro da sua empresa, para dentro do seu trabalho, então tipo, o que eu faço, o que eu gosto de fazer, como eu gosto de fazer, essas são as minhas prioridades.
                

00:46:47 Pessoa 2

E aí entra, ah, Buriti, mas você está falando de muito bonito, eu não posso escolher.
                

00:46:51 Pessoa 2

Não, às vezes a sua prioridade é pagar as contas em casa e ajudar a sua mãe, e tudo bem, mas você tem que se conhecer e saber, cara, nesse momento eu sou alguém que preciso pagar minha faculdade, minha fieza que eu fiz, preciso pagar, essa é a minha prioridade.
                

00:47:06 Pessoa 2

Legal, então as escolhas que eu vou fazer são baseadas nisso, mas tenha clareza, essa é a questão, saiba do que você gosta, como é que você gosta de trabalhar, e o que você aceita, isso é o mais importante.
                

00:47:21 Pessoa 2

Isso é meio alto nível, é meio difícil, quando você fala isso, parece que puxa, ah, mas isso é muito bonito, Buriti, eu preciso pagar a conta, eu sei disso tudo, eu estou falando assim, faça escolhas conscientes, eu estou escolhendo essa empresa porque eu vou pagar minhas contas, tudo bem, saiba disso, porque na hora que você estiver sofrendo porque a empresa tem algum posicionamento que você não gosta, está muito claro na tua cabeça, e isso é muito importante.
                

00:47:45 Pessoa 2

E aí você se conhecendo, você consegue começar a mapear em você as suas fraquezas, então, e aí eu estou entrando em outro detalhe, que é se conhecer, puxa, eu me comunico bem, eu gosto de me comunicar, eu gosto de falar com as outras pessoas, e tudo bem se você não gosta, mas se você não gosta, saiba que isso pode ser um empecilho, então você precisa conhecer isso, e se você quer desenvolver, você já sabe que é ali que você vai ter que desenvolver, então essa coisa do autoconhecimento, da automapeamento, e eu estou falando não só de autoajuda, estou falando de fato de, espera aí, o processo de design é pesquisar, entender o problema, definir o problema, idear, cocriar, prototipar, etc.
                

00:48:27 Pessoa 2

Como é que eu sou em cada ponto desse?
                

00:48:30 Pessoa 1

Putz, eu sou muito melhor em pesquisa, tá, legal, mas se você é júnior, muito dificilmente você só vai fazer pesquisa, muito dificilmente, provavelmente você vai ser contratado para fazer o processo inteiro, ainda não é o momento de você, salvo as exceções de, puxa, eu era jornalista, eu era pesquisador, e aí eu fui contratado para ser uma writer, fui contratado para ser uma...
                

00:48:51 Pessoa 2

Salvo as exceções, na essência, você terminou seu cursinho, seu bootcamp, a chance de você ser contratado para algo muito específico é muito menor, até porque tem muito menos vagas de coisas específicas, então você, ah, eu sou muito bom em pesquisa e teste, mas não sou tão bom aqui no meio, cara, talvez valha a pena você dar uma investida, você não vai ser o melhor daquilo ali, mas você precisa saber fazer, então, ter esse autoconhecimento é essencial para tomar as próximas decisões, porque se eu não sei nem quem eu sou, e eu não sei o que o mercado quer, eu já quero decidir que eu quero ser um UX Researcher, não vai ser tão simples assim, então, se conhecer é o primeiro ponto, depois é começar a entender o que o mercado está pedindo, porque isso também vai definir o quanto que você tem oportunidade e quanto você vai ganhar, porque há 20 anos atrás eu dizia assim, ah, eu quero ser um diretor de design, você não ia ter vaga, porque pouca tinha, hoje talvez tenha, hoje se você falar assim, ah, eu quero ser um eu quero ser um especialista em chatbot, já tem, já tem pessoas trabalhando com isso, então, entender também um pouco do que o mercado precisa e quer, vai te ajudar a tomar essa decisão, então, saber o que você sabe, saber o que o mercado quer é essencial.
                

00:50:05 Pessoa 4

Cara, eu acho que sim, falando de mim, mas dando como exemplo, é muito essa questão de formamento, o que que te dá flow, o que que você gosta de fazer, então, eu gosto de fazer produto, eu gosto de estar ali na estratégia do produto, de entregar experiência para as pessoas de uma forma mão na massa, então, acho que você se questionar, é isso que você quer fazer, você quer estar ali, né, executando, ou você quer empoderar outras pessoas para executar?
                

00:50:33 Pessoa 4

Acho que pra mim, a pergunta que você tem que fazer, se você vai seguir para uma carreira ou outra, é essa, você quer executar, ou você quer empoderar pessoas para executar?
                

00:50:42 Pessoa 4

Então, hoje a minha escolha é executar, eu estou muito mão na massa, eu quero fazer, eu quero estar ali, e não necessariamente a troca, empoderar outras pessoas para fazer, não que na gestão, na liderança técnica, você não faça isso, eu também tenho esse papel, mas eu estou muito mais mão na massa, então, acho que é um pouco dessa pergunta, e depois, a nível de livros e tudo mais, eu acho que é muito sobre qual especialidade você quer, se você quer sequir mais pesquisa, então, sempre busque estar antenado, então, leia os livros clássicos, mas busque estar sempre a se atualizar, acho que é um pouco disso também, por exemplo, eu segui muito na especialidade de prototipação, eu gosto muito dessa parte, então, algo que eu faço sempre, é, cara, eu estou sempre antenada nas ferramentas, eu sei o que Figma fez de novo, eu sempre estou se atualizando, de hard skill, falando nesse sentido, então, eu acho que também a parte técnica, essa carreira mais especialidade, você tem que estar sempre se atualizando, para você também não ficar muito fadado ali para trás, então.
                

00:52:02 Pessoa 1

Eu acho importante, a gente cada vez mais, cada um ter muita, refletir muito sobre o que você quer, sobre a sua carreira, não necessariamente ter pressa para chegar lá, de quem é a impressão de que eu preciso ser promovido todo ano, entendeu?
                

00:52:20 Pessoa 1

É do mundo, ou é para você mesmo, é sua, ou você está querendo atender a expectativas alheias a você, eu brinco com meu time o tempo todo, que eu estou correndo uma maratona, eu não estou correndo os 100 metros de casa, então, é assim que eu vejo a minha carreira.
                

00:52:38 Pessoa 3

É verdade, é um fato que a gente se acostumou nos últimos anos, a tratar a carreira mais como uma sprint, do que como uma maratona, como disse a Dani, acho que o mercado todo passou por um boom, de aumento de time, de contratação, um movimento que inclusive ficou conhecido como Blitzscaling, essa ideia de você inflar muito o quadro de funcionários, crescer muito os times da empresa, para alcançar um domínio de mercado, um domínio dentro das soluções que o time, que a empresa está construindo.
                

00:53:17 Pessoa 3

Obviamente, isso tudo teve consequências, está trazendo consequências para o nosso mercado.
                

00:53:25 Pessoa 3

Inclusive, devemos falar disso em um episódio mais para frente, sobre esse movimento todo que aconteceu nos últimos anos, voltado para o Blitzscaling, e agora, essa consequência com os layoffs, as demissões em massa que a gente está vivendo.
                

00:53:45 Pessoa 3

Bom, acho que de forma geral, esse episódio ajudou a gente a investigar e entender um pouco mais essas nuances da carreira em Y.
                

00:53:54 Pessoa 3

Acho que, naturalmente, como a gente pôde perceber, o caminho de liderança voltado para a gestão de pessoas, foi um caminho que foi desvendado e abordado mais a priori, e agora a gente está vendo surgir toda uma nova camada de lideranças, cada vez mais potente, cada vez mais madura, e cada vez mais presente nos times, voltado para uma liderança técnica.
                

00:54:22 Pessoa 3

Acho que há uma tendência forte de que isso também se consolide, cada vez mais, no futuro próximo, até porque, nem todo mundo, os times não vão dar conta de absorver todas as pessoas que quiserem fazer uma trilha voltada para a gestão de pessoas.
                

00:54:39 Pessoa 3

Se a gente tem um time de 30 pessoas, por exemplo, esse número vai ser sempre limitado.
                

00:54:44 Pessoa 3

Então, acho que é um momento muito interessante para desenvolver lideranças mais nesse lugar técnico e de contribuição individual.
                

00:54:55 Pessoa 3

Então, acho que é um tema super relevante, e com certeza muitos de vocês ouvintes devem estar passando por questões, devem estar se perguntando, devem estar tomando decisões muito nesse sentido.
                

00:55:09 Pessoa 3

Acho que também é interessante a forma como os convidados hoje ajudaram a gente a entender que quanto mais responsabilidade e importância o seu papel tem dentro da empresa, mais chances você tem de negociar a sua posição, o seu salário, os seus benefícios, a forma, inclusive, como você atua.
                

00:55:32 Pessoa 3

Então, é interessante pensar quais são esses mecanismos que a gente tem, que a gente pode usar, que tipo de habilidades, skills, muito do que a gente conversou aqui hoje ao longo do episódio.
                

00:55:48 Pessoa 3

Acho que vale a pena, inclusive, olhar também para essa questão do autoconhecimento, da auto-investigação, entender de fato onde você consegue explorar, melhor o seu potencial, e claro, tenha em vista que papéis mudam o tempo todo.
                

00:56:07 Pessoa 3

Você pode se desenvolver inclusive em ambos os espaços, a depender do momento que você está, dos seus objetivos.
                

00:56:15 Pessoa 3

Ambos os lugares, seja a gestão de pessoas, seja a liderança técnica, vão te trazer desafios enormes e vão te trazer conquistas muito interessantes também.
                

00:56:25 Pessoa 3

Vale a pena experimentar esses dois lugares eventualmente.
                

00:56:31 Pessoa 3

Acho que a mensagem que fica aqui no final é não ter medo de fazer essas explorações e, obviamente, aproveitar esse momento que há uma valorização interessante de novos cargos, desses novos cargos voltados para a liderança técnica.
                

00:56:51 Pessoa 3

Fiquem ligados, eu acho que eu estou vendo sempre surgir mais posições nesse sentido, no LinkedIn a gente vê o tempo todo essas posições surgindo.
                

00:57:02 Pessoa 3

Designers dos mais competentes que eu já conheci na minha trajetória hoje, estão fazendo um papel de liderança técnica, inclusive, eu estou tendo uma experiência muito interessante agora recentemente, estou trabalhando no mercado livre e estou fazendo uma posição de liderança técnica, coisa que eu não tinha feito até então.
                

00:57:22 Pessoa 3

Vim a me desenvolver em uma trilha mais gestão de pessoas estratégia e agora estou fazendo uma liderança técnica no time de mercado em vias.
                

00:57:31 Pessoa 3

Está sendo uma experiência muito bacana estou me redescobrindo em uma série de pontos, em uma série de questões acho que deixo essa dica de não perder a oportunidade de explorar esses caminhos.
                

00:57:46 Pessoa 3

Agradeço muito a todo mundo que ficou até o final aqui com a gente espero que tenha agregado bastante para você nessa discussão, te ajudado a pensar de forma diferente te ajudado a investigar um pouco mais esse assunto de carreira em Y principalmente nesse lugar da liderança mais técnica e que tenha te trazido também pistas de como você pode caminhar e se desenvolver nesse sentido.
                

00:58:11 Pessoa 3

[Música] [Música] [Música] Se possível dá uma moral para a gente no seu tocador de podcast favorito deixa seu like, curta, compartilhe manda para os seus amigos ouvirem e indique a gente agradeço imensamente os nossos participantes de hoje o Rafa Buriti, a Layla, a Dani obrigado pessoal pelas contribuições maravilhosas que vocês trouxeram quero agradecer também muito o time da Fjord Brasil que está patrocinando e acredita muito aqui no nosso trabalho e se possível pessoal não deixem de conhecer o novo curso da Aprender Design o base de produtos digitais acessa lá aprender.design para você conhecer essa nova proposta é um curso de maior duração com participantes com professores e participantes incríveis e com uma trilha muito bem estruturada para te preparar para te dar a base necessária para começar a atuar na área de produto digital beleza?
                

00:59:14 Pessoa 3

Obrigado a todos vocês ouvintes a gente se vê na próxima.