10 abr 2023
Por que você não deveria subestimar o conteúdo em sua experiência digital
Clara Baluz
Content Design Lead no Hurb

Se você é um visual designer, profissional de produto ou desenvolvedor e já se pegou falando para profissionais de conteúdo frases como “Você pode criar umas chamadas para gente agora, rapidão?”, ou “Não rola cortar essas outras duas linhas de texto, não? É que estamos usando fonte 90 no título”, cuidado: há grandes chances de que algo está errado no seu processo de criação digital. Ao abordar conteúdo como um complemento dessa dinâmica, e não como algo essencial a ela, todos saem perdendo: marcas, profissionais, experiências e, claro, usuários.
Pensar e criar conteúdo não é “só” escrever e preencher vazios entre linhas, botões, imagens e interfaces gráficas. É também pesquisar sobre a marca para a qual se está criando, seus concorrentes, seu público; é criar estratégias de comunicação para usuários, contextos e mensagens diferentes; é saber sobre UX writing e como proporcionar a melhor experiência para o usuário por meio de legendas, uma chamada, um call to action ou um microcopy (só para ficarmos em texto). E, claro, é também, sempre que possível, adicionar uma pitada de criatividade à experiência, chamando a atenção do usuário e criando branding moments para a marca.
No caso dos produtos digitais, a relevância desses caracteres é muito maior do que pode-se supor à primeira vista. Afinal, o usuário que acessa seu site ou app vê UX, design e conteúdo como elementos indissociáveis.
Nesse contexto, é parte do papel do content designer garantir que toda a experiência siga o mesmo padrão de comunicação do início ao fim, representando a marca e seus objetivos de forma íntegra e consistente. Também é da responsabilidade desse profissional garantir que mensagens importantes sejam direcionadas ao usuário no tom certo, variando apenas quando necessário, respeitando áreas específicas, contextos de uso e características de diferentes usuários.